Como nasceu a marca “É o Sérgio!!”

PARTE II – Agora sim, É o Sérgio!!



Mudanças acontecem, a personalidade, visão de design, necessidades, e principalmente o ambiente já não são os mesmos. Além do amadurecimento natural, a marca agora já não era mais de um estudante, mas sim de um profissional autônomo. Agora existe uma possibilidade real de encontrar clientes reais, inclusive os mais quadrados que nunca aceitariam uma identidade tão lúdica.

[Para acompanhar um mundo tão dinâmico, toda Identidade visual também deve se atualizar, se adaptar, ou quando necessário, mudar completamente.]

Apesar de rejeitar a ideia da mudança [era apegado demais à marca antiga], a necessidade se mostrou ser maior do que o desejo.

Criemos uma nova marca, então.

Como o projeto permitia e o cliente apoiava, este desenvolvimento foi feito de maneira razoavelmente experimental. Os passos serão citados, mas não me aprofundarei muito em cada um.


Primeiro passo:Pesquisa, pesquisa, pesquisa, pesquisa.


Preciso dizer mais?



Segundo passo:Uma imagem vale mais do que mil palavras.

Como esta é a identidade de um designer gráfico, que trabalha prioritariamente com imagens, iniciei o processo listando imagens e grafismos que eu gosto.. [ops!], que o cliente gosta. Destes alguns foram selecionados por terem potencial para virar uma marca ou por estarem melhor relacionados com o esboço de conceito que já tinha em mente..


Caderno de rascunhos com os conceitos para a marca
À esquerda a listagem dos grafismos



Terceiro passo:Em busca do Conceito

Como a primeira parte já teve um conteúdo ligeiramente conceitual, a segunda [esta sim, puramente conceitual] foi aliviada.

Listadas e devidamente selecionadas algumas mensagens [primeira coluna] e conceitos [segunda coluna, e que na verdade é uma decorrência da primeira], separei-os em três grupos que trabalhariam juntos. Nunca vi isso em lugar algum, portanto não sabia se ia dar certo [depois descobri que este método é bem difícil de trabalhar].
Lembrem-se que a marca é para mim, por isso que não foi necessário um brainstorm com muitos esboços ou conceitos, uma vez que já tinha em mente como a marca poderia ser há bastante tempo.

[Veja na imagem anterior, a página da direita]


Quarto passo:Risque e rabisque

Os desenhos foram inspirados pela combinação entre os conceitos da etapa anterior [aquele tanto de rabisco ligando cada um]. Notem que não foram desenvolvidas muitas alternativas, pois além de, como já disse, ser meu próprio cliente, esta etapa demorou muito tempo, porque estava ocupado com outros projetos e a coisa acabou maturando bem na cabeça. Notem também que inicialmente ainda estava na dúvida se mantinha elementos da marca anterior.


Caderno de processos com os primeiros esboços para a marca
O desenvolvimento das alternativas.
Achou os primeiros esboços da marca?



Quinto passo:Passando para o digital.

Digitalizadas as opções, podemos não só melhor visualizar, como também fazer pequenas mudanças mais facilmente.
Normalmente este é a etapa mais extensa do meu modo de trabalho, pois detalhista como sou, julgo cada mínima mudança de cor, forma ou composição, assim como cada combinações entre estas. Selecionamos então uma única opção, fazemos ajustes e pequenas mudanças até chegar à melhor solução.


Imagens do logotipo e da identidade já digitalizados
Resultados do desenvolvimento digital, depois de impressos



Sexto passo:Toques finais


Essa etapa é opcional. Na verdade, na maioria dos casos [inclusive no meu] chega a ser desnecessária.
Aqui criamos variações da marca. Variações de cor, com e sem assinatura ambas o caso em questão.



Posteriormente foram desenvolvidos os portfólios digital e impresso, cartão de visita, avatares para internet e este blog, coisas, que após um bom trabalho de marca, surgem naturalmente.

O próximo artigo vai ser sobre os portfólios.


Abraços e até lá!